Sempre
aberto ao diálogo e na defesa das Universidades Estaduais baianas, o
Fórum das ADs protocolou nesta quarta-feira (16/01) novo documento
reivindicando a abertura de negociação em caráter de urgência. O
documento foi entregue na Secretaria de Administração do Estado da Bahia
(Saeb), Secretaria Estadual de Educação (SEC), Secretaria de Relações
Institucionais (Serin) e Governadoria (leia na íntegra).
Em
seu texto, o novo documento chama atenção para os prejuízos da Lei
14.039/2018 no desenvolvimento da pesquisa e extensão das universidades.
Aponta a forma como a alteração no Estatuto do Magistério Superior
ocorreu, sem nenhum diálogo com o movimento docente, e a urgente
necessidade de revogar a medida. O documento resgata também, a partir do
ano de 2017, as diversas vezes que a pauta do movimento docente foi
protocolada nas secretarias do governo e não obteve resposta. Por fim, o
texto reivindica que o governo instale o processo de negociação ainda
no primeiro bimestre deste ano.
Após
entregar nas secretarias competentes o registro, o Fórum tentou também
uma reunião com Nildon Pitombo, o Subsecretário da Secretaria de
Educação. Com a justificativa de que o subsecretário estava em
atividades externas, naquele momento, o diálogo com o Fórum não ocorreu.
“Segundo
o gabinete, ele estava em agenda externa. Assim, tentamos uma conversa
com a sua assessoria. O que eles fizeram nesse momento foi
disponibilizar o número do telefone da subsecretaria que Nildon Pitombo
atende para que tentássemos um agendamento posterior. Neste momento,
ninguém nos recebeu ainda”, explicou Iracema Lima representando a
coordenação do Fórum das ADs.
Sob
um cenário de retirada de direitos e ataques sucessivos às
universidades, os docentes enfrentam a intransigência do governo em
iniciar negociações há quase quatro anos. Desde a forte e vitoriosa
greve de 2015 que o governador Rui Costa não negocia com o movimento
docente. Apenas entre o período de 2017 e 2018, a pauta de
reivindicações do movimento docente foi protocolada pelo menos cinco
vezes nas diversas secretarias desse governo, além das diversas
paralisações e atos realizados no período. A pauta de reivindicações
atual incluí as demandas gerais do
movimento docente como reajuste salarial; direitos trabalhistas;
promoção, progressão e mudança no regime de trabalho e aumento
do orçamento das universidades estaduais. Leia a pauta 2019 na íntegra.
Caso
o processo de negociação não seja aberto, as ADs não descartam a
possibilidade de greve. Seguindo a tradição do movimento docente, foram
indicadas rodadas de assembleias com essa pauta na segunda semana de
fevereiro para que a categoria possa discutir e deliberar sobre os
próximos passos do movimento