Este 28 de abril, Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho, não poderia ser mais oportuno. O mundo inteiro enfrenta a pandemia do novo coronavírus, com uma série de profissionais na linha de frente, arriscando suas vidas em defesa do restante da população.
Nesse cenário, os trabalhadores (as) da saúde são os mais expostos. Em todo o planeta, pelo menos 22 mil destes (as) profissionais foram contaminados (as) pela Covid-19. Na região sul da Bahia, Ilhéus já passa dos 170 casos confirmados, sendo 78% de trabalhadores (as) da saúde. Inclusive, a primeira morte de um profissional da área no estado foi no município ilheense, com o falecimento do médico Gilmar Calazans, de 55 anos, no dia 20 de abril.
Além dos trabalhadores (as) da saúde, outras categorias das chamadas áreas essenciais também correm risco diariamente. São os profissionais da coleta de lixo, funcionários (as) em supermercados, farmácias, da construção civil, os entregadores de mercadorias e alimentos etc.
Por todos eles (as), o dia de hoje deve ser marcado pela luta em defesa dos direitos e da vida da classe trabalhadora. A CSP – Conlutas convoca a população a exigir melhores condições de trabalho para aqueles (as) que se arriscam por um futuro melhor.
É preciso garantir:
- Investimentos urgentes para o setor da saúde pública com valorização dos profissionais;
- EPIs para todos os profissionais dos serviços essenciais, principalmente para os profissionais da saúde;
- Contratações de mais profissionais da saúde;
- Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, para os trabalhadores dos serviços essenciais;
- Testes para todas as pessoas com sintomas da Covid-19;
- Atendimento gratuito e de qualidade em todo serviço de saúde privado;
- Isolamento Social, com licenças remuneradas, para os trabalhadores dos serviços NÃO essenciais, e estabilidade no emprego;
- Fora Bolsonaro e Mourão e toda essa corja!