No dia 14 de dezembro de 2022 foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) o reajuste salarial de 48,5% para o governador do estado, vice e os secretários estaduais, representando salário de R$ 34 mil ao chefe do executivo, Jerônimo Rodrigues (PT) e R$ 31 mil aos demais.
Durante a última sessão extraordinária do ano de 2022, em 29 de dezembro, duas semanas depois dessa sessão, foi aprovado pelos deputados estaduais um reajuste de 16% em seus próprios salários que passou de R$ 25,3 mil para R$ 29,4 mil valendo desde 1º de janeiro deste ano.
Apesar disso, não foi feita nenhuma reposição ao servidores públicos do estado da Bahia e nem se fala nisso! Tivemos o último reajuste de 4% em janeiro de 2021, com o acréscimo de uma “reposição escalonada”, representando percentual abaixo da inflação acumulada do período (10,6%). Segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômico (Dieese) seria necessário um reajuste de mais de 45% para recuperar o poder de compra de janeiro de 2015.
No primeiro dia de dezembro de 2022, foi protocolada a pauta de reivindicações do movimento docente para a Campanha Salarial 2023, que em seu primeiro item agrega a questão salarial reivindicando “Reposição completa das perdas salariais acumuladas nos últimos 8 anos (2015-2022) por conta da não reposição da inflação do período.”
Leia aqui a pauta de reivindicações 2023 na íntegra.
A última mesa de negociação com o governo do estado da Bahia foi em 7 de novembro de 2019. A mesa permanente de negociação foi parte do acordo de greve e, mesmo assim, foi suspensa em novembro do mesmo ano, não havendo por parte do governo nenhum retorno para a categoria docente. Agora, passada a posse do novo governo, continuamos tentando restabelecer o diálogo. Que o governador Jerônimo Rodrigues cumpra sua palavra assinada em documento de campanha e retome o diálogo com os professores das Universidades Estaduais da Bahia!