Na última segunda-feira (18), o Núcleo do Movimento Negro Unificado (MNU), na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), realizou o Ato pelo Novembro Negro, em celebração ao Dia da Consciência Negra, 20 de novembro. A programação, organizada em parceria com ADUSC, AFUSC, DCE Livre Carlos Marighella e apoio dos projetos de extensão Multiculturalismo para a Diversidade e Núcleo Káwè, trouxe uma série de atividades que fomentaram discussões sobre a luta antirracista e valorizaram a cultura negra.
O evento teve início com uma mesa de abertura representativa e contou com uma emocionante homenagem da ADUSC à professora Rachel Oliveira, do Departamento de Ciências da Educação (DCIE), destacada por sua trajetória na promoção da equidade racial.
Outro ponto alto da programação foi a palestra “Fraude nas Cotas Raciais e Heteroidentificação nas Universidades e Institutos”, que abordou desafios na aplicação de políticas afirmativas. Após o debate, os participantes entregaram à UESC um documento que reivindica a consolidação do sistema de heteroidentificação na instituição, um passo crucial para garantir maior efetividade no sistema de cotas.
A programação também incluiu apresentações culturais marcantes. Entre elas, destacaram-se a performance de poesias e a encenação da Cia de Teatro Mário Gusmão, de Pau Brasil, que trouxe uma potente interpretação da vivência negra. A arte urbana também teve espaço com a 10ª Batalha de Rimas da Equipe Hip Hop Salobres, que reuniu rappers do Salobrinho, evidenciando o papel do rap como expressão de resistência e identidade.
Além disso, o evento contou com exposições de ecobags do projeto “Desistir Nunca, Resistir Sempre”, panfletagem, atendimento gratuito do Núcleo de Apoio Fiscal e Contábil (NAF) e outras ações voltadas à comunidade acadêmica.
O Novembro Negro na UESC reafirmou seu papel como espaço de reflexão, cultura e resistência, reforçando a luta por inclusão racial nas universidades. Com o reconhecimento da data como feriado nacional, o Dia da Consciência Negra ganha ainda mais força como um símbolo de luta e conscientização sobre os desafios enfrentados pela população negra no Brasil.
Com informações do MNU UESC
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Fotos: Blenda Cavalcante / Ascom ADUSC