Por unanimidade, professoras e professores da UESC rejeitaram a nova proposta salarial do governo, em assembleia realizada pela ADUSC nesta quinta-feira (29). Em contrapartida, a plenária aprovou paralisação das atividades acadêmicas no dia 11 de setembro e a construção junto ao Fórum das ADs (FAD) de uma contraproposta que garanta o reajuste da inflação e a reposição das perdas salariais acumuladas. Uma nova reunião com o governo está marcada para o dia 11, em Salvador.

A última proposta do governo foi apresentada em reunião com o FAD no dia 26 de agosto. O executivo propôs o índice de 5,7% em três parcelas (jan/2025, jan/2026 e dez/2026), considerando 4,5% como a previsão do teto da inflação e 1,2% de acréscimo. Entretanto, o governo não apresenta nenhuma compensação se o teto for ultrapassado.

Após discutir sobre a resposta a ser levada à mesa de negociação, a assembleia decidiu construir junto ao Fórum das ADs uma contraproposta que contemple cobrir a inflação prevista para o período e reduzir as perdas salariais. A contraproposta pode ser flexibilizada para dois anos, em vez de três, permitindo uma nova negociação para o ano de 2027, quando terá início o próximo governo.

Por fim, a plenária avaliou que a negociação está na reta final e que não tem como aceitar mais a protelação do diálogo, com infinitas reuniões. A compreensão da categoria é que a próxima rodada de assembleias nas universidades estaduais deve ser determinante para o movimento docente, ou fechando um acordo com o governo, ou radicalizando a mobilização. Vale lembrar que as professoras e professores da UESC, UESB, UNEB e UEFS estão em indicativo de greve.