Os professores da UESC se reuniram nesta terça feira (16) para discutir a conjuntura política nacional e tirar um posicionamento frente ao discurso fascista crescente em meio à campanha para presidência do Brasil. A tentativa de criminalização da ADUSC, a crescente onda de violência a defensores da democracia, que desencadearam inclusive a fatídica morte de um Mestre de capoeira, Môa de Katendê, foram alguns dos temas discutidos na plenária. Ao final, os presentes aprovaram à adesão aos encaminhamentos propostos pelo ANDES-SN sobre o tema (confira AQUI), e à Frente em Defesa da Democracia.
Democracia sob ameaça
Ainda no primeiro turno das eleições no Brasil, a existência de uma candidatura explicitamente racista, machista, homofóbica e elitista, à presidência, já era motivo de preocupação para à comunidade acadêmica e grande parte da sociedade. Nesse sentido, mulheres de todo país lideraram um grande ato nacional e internacional, e que contou com o apoio do ANDES-SN e da ADUSC. A mobilização também ocorreu no Campus da UESC em resposta à campanha de um grupo de acadêmicos que associou a universidade à candidatura considerada fascista pelo movimento.
Outro exemplo de ameaça ocorrido no Campus da universidade foi a tentativa de criminalização da luta sindical direcionada à ADUSC. Em vídeo distribuído na internet, um estudante tenta justificar que um móbile, que associa o atual governador ao personagem “Edward Mãos de Tesoura” pelos seus ataques à universidade, seria um material de campanha para sua reeleição. A ação grotesca mostra que a ameaça política é tão ignorante quanto perigosa, quando tenta fazer justiça com as próprias mãos. (LEIA NOTA DA ADUSC SOBRE O CASO)
Outras ações por todo país mostram atitudes ainda mais violentas por parte dos apoiadores do candidato que defende o uso da violência como resposta ao que considera desvios morais e éticos. Em Porto Alegre, um jovem que vestia a camisa com os dizeres #ELENÃO foi agredida e teve uma suástica desenhada com canivete no pescoço. Em Salvador, o Mestre de Capoeira e Afoxé Moa de Katendê foi assassinado por um apoiador do candidato. Outras ações foram denunciadas em nota pelo ANDES-SN. (confira AQUI)
Resistir é preciso
O presidente da ADUSC ressaltou a necessidade da unidade de diversas organizações políticas e civis contra um projeto que ameaça também à universidade pública e a liberdade dos/as educadores/as. “As ideias conservadoras são base para políticas econômicas que aprofundam as desigualdades através da retirada de direitos daqueles que mais precisam, e os serviços públicos e democráticos também estão ameaçados” explica Zé Luiz.
Neste sentido foi aprovado como encaminhamento:
Que a ADUSC participe da “FRENTE EM DEFESA DA DEMOCRACIA E CONTRA O FASCISMO”, opondo-se às ameaças às liberdades individuais, de organização e a quaisquer formas de violência e opressão, na manutenção da luta pelo ESTADO DE DIREITO, da EDUCAÇÃO PÚBLICA e da UNIVERSIDADE pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada.
Um calendário de mobilização será divulgado em breve!