Na próxima segunda-feira (15), professores/as em greve realizarão um ato público para marcar o início da greve docente na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Com o cumprimento das 72 horas exigidas por lei, após a deflagração da greve em assembleia, no dia 09 de Abril, os docentes iniciarão a paralisação das atividades com um café da manhã da resistência. O ato público terá início às 7:30 horas, na entrada da universidade, com o objetivo de estabelecer o diálogo com a comunidade interna e externa a universidade.
Após a realização de um forte ato em Salvador (confira aqui), nesta quinta-feira (11), os docentes da UESC, que se somaram à greve deflagrada pelos docentes da UESB, UEFS e UNEB, no ultimo dia 9, esperam que o governo inicie a negociação com os representantes docentes. A categoria está indignada com a postura do governo, que além de tentar criminalizar e dividir o movimento, distorce as informações relativas ao orçamento das universidades gastando fortunas em propaganda “fake”, no horário nobre da televisão (entenda).
Apenas em 2018, o valor não repassado para as universidades ultrapassou a marca de 100 milhões. O que representa a falta de manutenção dos equipamentos e a não reposição de materiais para uso nos laboratórios, suspensão de aulas de campo, além da suspensão e redução dos serviços prestados à sociedade. Segundo denúncia da página “A UESC também é sua”, há 5 anos não são adquiridos novos microscópios.
Quanto ao aumento no valor da folha de pessoal, o governador omite informação de que houve um crescimento no número de contratação, além do cumprimento de direitos referentes a qualificação dos docentes. “Nossos salários estão congelados desde 2015. Sobe o valor do aluguel, água, luz, cesta básica, remédio, mais se o salário não sobe junto, o que significa um verdadeiro arrocho”, explica o presidente da ADUSC, José Luiz de França.
Além do ato, na segunda-feira, o comando de greve estabeleceu um calendário de mobilização interna, que inclui uma reunião com a reitoria na terça-feira (12), as 11 horas, e um debate sobre previdência na quarta-feira (17), às 9 horas, no auditório de direito.