Após semanas consecutivas com a média móvel de mortes por Covid-19 em estabilidade, a Bahia registrou alta no número de vítimas fatais da doença no estado. Os dados são do Consórcio de veículos de imprensa, a partir dos boletins da Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB).
De acordo com a análise, uma taxa estável é considerada se a variação de mortes for de no máximo 15% para mais ou para menos. Na terça-feira (04), a Bahia contabilizou uma alta de 17%. E na quarta (05), o índice subiu para 18%.
Em números absolutos, a SESAB registra o total de 3.736 óbitos no estado, até às 10h43 desta quinta-feira (06). Os casos confirmados desde o início da pandemia são de 179.737. Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTI são de 60%, segundo a secretaria.
O aumento na média de mortes na Bahia ocorre justamente no período em que Ilhéus registrou um recorde de óbitos em 24 horas. Na segunda-feira (03), foram 13 vidas perdidas em decorrência da Covid-19 no município. No último boletim, a cidade divulgou o total de 156 mortes e 3.621 casos.
Não tem como desvincular esses dados das medidas de flexibilização implantadas pela prefeitura e pelo governo estadual. Ilhéus já reabriu praticamente todo o comércio e até liberou atividades nas praias. Em âmbito estadual, a situação vai além, com o anúncio da volta às aulas nas escolas, feito pelo governador Rui Costa há três dias.
A ADUSC já manifestou sua posição contrária ao relaxamento do distanciamento social (veja aqui) e recentemente repudiou a postura da Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus, pelo descaso no tratamento dos pacientes com Covid-19 (veja aqui).
Os números mostram que o cenário ainda é de extremo risco para toda a população. É preciso priorizar a vida das pessoas, e não o lucro de alguns.