Enquanto cobram retorno do manto à Olivença, seu território de origem, indígenas precisam de apoio para viagem ao Rio de Janeiro

Devolvido ao Brasil em 2024, o Manto Sagrado Tupinambá ainda não retornou a Olivença, na Bahia, seu território de origem. Feito com penas vermelhas da ave Guará, o traje ancestral permaneceu por séculos na Dinamarca, após ter sido saqueado durante o período colonial. Desde seu retorno, encontra-se no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

Enquanto reivindicam que o manto volte para casa, os Tupinambás se organizam para realizar a 2ª Vigília do Manto Sagrado, entre os dias 30 de junho e 5 de julho de 2025, na capital do Rio. No entanto, a mobilização ainda não conta com o apoio necessário para garantir transporte, alimentação e condições mínimas para a viagem de quase 1.400 km.

A vigília marca um ano do retorno do manto ao Brasil e representa um ato de espiritualidade viva e contínua. “A Vigília não é um evento. É um direito ancestral: o de permanecer junto ao nosso sagrado, de exercer plenamente nossa espiritualidade, de rezar com e pelo nosso povo”, publicou o Conselho Indígena Tupinambá de Olivença (CITO) nas redes sociais.

Diante da ausência de apoio do Ministério dos Povos Indígenas até o momento, o CITO lançou a campanha SOS 2ª Vigília do Manto Sagrado Tupinambá, convidando a sociedade a colaborar com qualquer valor por meio da chave Pix: citotupinamba@gmail.com.

A Associação de Docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (ADUSC) apoia a iniciativa e endossa a luta pelo retorno do Manto Sagrado às suas terras de origem.