As Centrais Sindicais, reunidas em São Paulo no dia 01 de abril de 2020, apresentaram suas preocupações e ações que o movimento sindical está desenvolvendo no enfrentamento à disseminação do coronavírus e da pandemia da Covid19.
Consensuaram a posição que o isolamento social horizontal deve ser mantido e que todas as medidas necessárias a proteção da vida devém ser tomadas, cabendo ao Estado o papel de garantir sua efetividade, bem como as medidas necessárias para a garantia da renda e do emprego para o conjunto dos trabalhadores.
Foi discutida a situação dos trabalhadores dos serviços essenciais que estão sem os equipamentos de proteção necessários para sua segurança em relação ao coronavírus o que coloca em questão inclusive a manutenção destes serviços se este problema não for resolvido.
Tratou-se da preocupação de que neste momento o governo, o Congresso Nacional e o empresariado aproveitem para retirar os direitos dos trabalhadores e alijar os sindicatos na sua tarefa de representação dos trabalhadores nas relações entre capital e trabalho no Brasil.
Debateu-se os impactos de curto, médio e longo prazo da pandemia na economia mundial e brasileira e as conseqüências para os trabalhadores nas diferentes inserções no mercado de trabalho, com especial preocupação, com os trabalhadores informais.
Assim, as Centrais Sindicais entenderam que a unidade de ação do movimento sindical é fundamental no enfrentamento à crise gerada pela pandemia e que diante do descaso do governo federal, cabe às organizações representativas dos trabalhadores:
- pressionar o Governo Bolsonaro a implementar as medidas já aprovadas no Congresso Nacional de preservação da renda por meio do auxílio emergencial;
- atuar junto ao Congresso Nacional para ampliar o alcance do auxílio emergencial aos outros trabalhadores que tem sua renda comprometida pela pandemia;
- interferir junto ao Congresso Nacional na tramitação das MP´s que estão ou irão ser votadas e que retiram diretos dos trabalhadores e reduzem a ação sindical;
- orientar os trabalhadores de base sobre os riscos das negociações individuais e buscar ampliar as ações dos sindicatos na negociação coletivas das medidas necessárias para a manutenção dos empregos e da renda dos trabalhadores empregados;
- atuar de modo ativo junto à comunidade no apoio às diversas ações que minimizem as conseqüências da pandemia;
- denunciar nos diferentes fóruns nacionais e internacionais (exemplo: OIT) dos atos anti-sindicais que estão ocorrendo no Brasil se aproveitando da crise instituída.
Encerrou-se a reunião reafirmando a última nota pública das Centrais Sindicais e indicando que cada Central fará sua nota referente a esta reunião.
Participaram da reunião os representantes das seguintes Centrais:
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
UGT – União Geral dos Trabalhadores
CSP-Conlutas
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Pública Central do Servidor
Fonte: CSP-Conlutas.