O professor Carlos Alberto Decotelli não é mais ministro da Educação. Ele encontrou o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (30) e pediu demissão. A repercussão de informações falsas incluídas em seu currículo e a acusação de plágio em sua dissertação de mestrado tornaram sua permanência no cargo insustentável. Anderson Correia, ex-presidente da Capes e atual reitor do ITA, é um dos nomes que ganhou força para ocupar o posto.
Nesta terça-feira (30), os nomes de Sergio Sant’Ana, ex-assessor de Weintraub, e Ilona Becskeházy, atual secretária da Educação Básica, também continuam circulando como opções para substituir Decotelli. Além deles, o nome de Gilberto Garcia, frei franciscano e ex-membro do Conselho Nacional da Educação (CNE), também começou a circular como opção. Outros nomes também estão entre os cotados para o MEC: Antônio Freitas, membro do CNE; Marcus Vinícius Rodrigues, ex-presidente do Inep; e Benedito Aguiar, atual presidente da Capes.
Informações inconsistentes
Decotelli negou as acusações de plágio sobre sua dissertação de mestrado e explicou por que se apresentou como doutor — ainda que não tenha adquirido o título na Universidade de Rosário, na Argentina, como alegou.
Decotelli argumentou que, por ter “desenhado” o Banrisul e ter feito seu mestrado com base em sua vivência no banco, é possível que tenha havido uma “distração” no desenvolvimento da dissertação, mas não um plágio propriamente dito. Quanto ao doutorado, ele disse ter cursado todos os créditos do curso na Universidade de Rosário e até recebido um certificado de conclusão. Sua tese, porém, foi reprovada, e a banca que a analisou lhe pediu que fizesse “readequações” no trabalho. No entanto, Decotelli voltou ao Brasil e não retornou para apresentar a tese corrigida. Sobre o pós-doutorado, questionado pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha, ele usou uma justificativa semelhante à relativa ao doutorado. Decotelli argumentou que a pesquisa foi concluída, só não foi oficialmente considerada um pós-doutorado.
Fonte: Adufs, com informações do ANDES-SN, UOL e Globo.
Via: ADUFS.