Em assembleia realizada pela ADUSC nesta quarta-feira (04), professoras e professores da UESC aprovaram a paralisação das atividades nos dias 18 de outubro e 21 de novembro de 2023. Nas datas, o movimento docente também prepara uma mobilização local e outra em Salvador.
As paralisações são uma resposta da categoria ao governo estadual, que não tem apresentado soluções para as reivindicações docentes. Apesar das reuniões realizadas esse ano, as negociações não avançam. Pelo contrário, a última mesa entre as Associações Docentes e o governo foi marcada por uma série de negativas, inclusive com o Superintendente de Recursos Humanos da Secretaria de Administração (SAEB), Adriano Tambone, afirmando que “não há disposição do governo em resolver por via administrativa ou negociação, apenas por via judicial”, quando questionado sobre a fila de espera para implantação do regime de Dedicação Exclusiva.
Na visão da plenária, a postura do Governador Jerônimo Rodrigues (PT) se mostra algo estratégico. Em vez de ignorar o movimento, o governo abre a mesa de negociação, passando a imagem de que promove o diálogo. Entretanto, não dá respostas efetivas sobre as pautas da categoria, demonstrando completo desinteresse em atender as demandas das universidades estaduais.
Durante a assembleia, a Diretoria da ADUSC apresentou uma linha do tempo das tentativas de negociação com o governo, que vão desde o período eleitoral, quando o governador assumiu o compromisso de fortalecer o ensino superior no estado, até a última reunião no dia 26 de setembro.
Confira aqui a matéria completa sobre a reunião do dia 26.
Para a primeira paralisação, do dia 18 de outubro, uma comissão de mobilização junto aos representantes departamentais se reunirão na próxima terça-feira (10) para definir as ações a serem realizadas no campus. Estão previstos uma atuação prévia para comunicação e conscientização da comunidade acadêmica e um ato na entrada da universidade no próprio dia 18.
Pauta interna da UESC
Outro ponto abordado na assembleia foi a pauta interna da UESC. A plenária levantou uma série de problemas enfrentados diariamente pela comunidade acadêmica, tais como falta de professores(as) nos cursos, de materiais didáticos, de salas e laboratórios apropriados e os reflexos da perda da autonomia administrativa e financeira das universidades estaduais.
Como encaminhamento, o conselho de representantes da ADUSC levará o tema às reuniões de departamento para recolher as reclamações e dificuldades de cada setor.