Professoras e professores da UESC deliberaram pela não deflagração de greve, em assembleia nesta segunda-feira (23). A categoria aceitou a mais recente proposta de reajuste salarial do governo, por ampla maioria – entre 117 docentes presentes, foram apenas 17 votos a favor da greve e 3 abstenções.

A proposta aceita pela plenária é de um reajuste acumulado de 13,83% em dois anos, dividido em quatro parcelas: 4,7% em jan/2025, 2% em jul/2025, 4,5% em jan/2026 e 2% em jul/2026.

Na avaliação da categoria, os índices não são considerados o ideal diante das perdas salariais acumuladas, mas representam um avanço nas negociações, que ocorrem desde abril. Foi destacado o importante papel da diretoria e de toda mobilização docente, que pressionou o governo a se movimentar na mesa de negociação. Confira abaixo um gráfico da evolução das propostas:

Crédito: Prof. Dr. José Adolfo Ferreira Neto

“A categoria entendeu que essa proposta garante a reposição da inflação do ano anterior e traz cerca de 2,44% de recomposição das perdas, ao ano. É a proposta ideal? Consideramos que não. Mas, nesse momento, é o suficiente para assinarmos esse acordo com o governo”, disse Marcelo Lins, presidente da ADUSC.

Fundo de greve

Antes de avaliar a negociação com o governo, a ADUSC realizou uma primeira assembleia, com pontos de pauta sobre a contribuição sindical e a criação de um fundo de greve. A diretoria considerou necessário um maior aprofundamento sobre o assunto e propôs a realização de um seminário temático. A proposta foi aprovada por unanimidade.

Moções aprovadas

Também foram aprovadas, nesta tarde, as seguintes moções: Apoio ao Deputado Glauber Braga contra o processo de cassação, apresentado pelo Prof. Carlos Pereira Neto; Repúdio à ação da reitoria da UERJ contra o movimento estudantil; Repúdio contra homenagem da ALBA ao Pr. Silas Malafaia; Repúdio contra ameaças sofridas pela comunidade filosófica da UESB – apresentada pela Profa. Zoêmia; Repúdio contra a cobrança feita ao sindicato, pela reitoria da Universidade Federal do Espírito Santo, de supostos prejuízos da universidade durante o período de greve.