O levantamento de gastos para a lista de compras do Poder Executivo, que veio à tona após reportagem do Jornal Metrópole, chocou pelos itens supérfluos e de elevado custo, isso enquanto o povo pobre mal tem dinheiro para comprar itens da cesta básica para sobreviver.

Em 2020, quando explodiu a pandemia no país, houve um aumento em 20% em compras de produtos alimentícios do poder executivo em comparação com 2019. Os gastos com comida superam a marca de R$ 1,8 bilhão e é um escândalo, diante de um governo, cujo presidente já deu declarações de que “o país está quebrado e não pode fazer nada”.

Bolsonaro disse isso de barriga cheia e mesa farta, já que pelo levantamento o presidente e não passa vontade. De acordo com a reportagem, que cruzou dados desses custos com base no Painel de Compras do Ministério da Economia, os gastos do governo com leite condensado foi de R$ 15 milhões.  O presidente, que já declarou adorar pão com leite condensando, virou chacota na internet após ser exposto o levantamento de custos.

Mas a lista não para por aí. O governo gastou mais de R$ 50 milhões em biscoito, R$ 13 milhões em sorvete, R$ 6 milhões em massa de pastel, R$ 8 milhões em bombom, R$ 5 milhões em uva passa, R$ 2 milhões em chicletes, R$ 3 milhões em molho shoyo, R$ 1 milhão em pizza e R$ 2 milhões em vinho, entre outros itens.

Governo esbanja para benefício próprio e conta é paga pelo povo que teve que apertar o cinto

Se em 2020 o brasileiro teve que cortar a carne do prato, após aumento de 4,5% do produto em setembro, o presidente e seus parceiros do executivo, incluindo as forças armadas não pouparam no item.  Foram gastos mais de R$ 89 milhões no produto que virou luxo na mesa do povo mais pobre.

A fatia mais elevada de gastos foi observada no Ministério da Defesa e Ministério da Educação. O primeiro gastou mais de R$ 632 milhões com alimentos, sendo que todo o custo com vinho foi praticamente feita pelos militares. Já o segundo, teve um custo de R$ 60 milhões, seguidos pelo Ministério da Justiça que abocanhou R$ 2 milhões para garantir a alimentação dos integrantes da pasta.

Gastos que saíram do bolso do contribuinte, que de 2020 para cá sofre para pagar as contas mínimas, e que poderiam ser revertidos para o real beneficio da população, que tem vivido na miséria para garantir mesa farta para os políticos.

Já o povo segue sofrendo diante de uma pandemia sem precedentes.  O caos na saúde é sentido com a falta de respirados em Manaus, com a escassez de leitos em hospitais pelo país, com a falta de renda, diante do corte no auxilio emergencial, com a desculpa que os cofres públicos não poderiam mais bancar.

Como vimos nos gastos do governo com comida, dinheiro, tem, mas para os políticos e suas mordomias. É criminoso ver que a verba pública está sendo usada da maneira errada para regalias e superficialidades.

Tamanho absurdo nos gastos, uma junta parlamentar protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Presidência da República para que seja investigado os gastos do Executivo em alimentação.

Povo pobre segue de prato vazio

Se políticos e funcionários do executivo têm se alimentado do bom e do melhor, essa não é a mesma realidade do trabalhador. Em 2020, em todas as capitais brasileiras o custo da Cesta Básica aumentou. Em Salvador (BA)  a elevação foi de em mais de 32%.

A crise econômica agravada pela pandemia, que no ano passado deixou mais de 14 milhões de trabalhadores desempregados e alcançou recorde histórico não chegou aos políticos.

O governo Bolsonaro e toda sua corja seguem comendo bem, bebendo vinhos caros, isso tudo  a custas do povo.

Por isso é preciso exigir o fora já Fora Bolsonaro e Mourão e toda a corja de políticos que seguem com seus privilégios.

Via: ANDES-SN.