Assine o abaixo-assinado e evite que o benefício seja reduzido.
Em meio à pandemia e à crise social, 67 milhões de pessoas precisaram nos últimos meses do auxílio emergencial de R$ 600 para sobreviver. A partir deste mês, contudo, esse um terço da população brasileira viu o valor do benefício cair pela metade após Medida Provisória do governo Bolsonaro.
Para impedir esse retrocesso, as 11 centrais sindicais lançarão a campanha #600 pelo Brasil. Com o mote “Bom para o cidadão, para a economia e o Brasil”, a campanha irá exigir que o Congresso vote imediatamente a MP n° 1000 e amplie o valor do auxílio emergencial para R$ 600.
Enviada ao Congresso no último dia 3, a MP teve mais de 260 propostas de emendas, a maioria sugerindo a elevação do valor, mas o governo Bolsonaro age nos bastidores junto ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e líderes partidários para que a MP não seja votada.
Como o prazo de validade da MP é de 120 dias, o mesmo previsto pelo governo para a duração do pagamento dos R$ 300, o objetivo é deixar a medida caducar.
R$ 300 não dá!
Com o falso discurso de que o governo não tem dinheiro, Bolsonaro cortou pela metade o auxílio emergencial, sem contar que endureceu as regras para ter acesso ao benefício. Com isso, cerca de 6 milhões de pessoas deixarão de receber o valor até o final do ano.
O corte acontece não apenas em meio à crise sanitária e social em razão da pandemia, mas também diante da disparada nos preços dos alimentos da cesta básica e perda de renda dos trabalhadores e de um desemprego crescente.
“A pandemia escancarou a realidade de mais de 67 milhões de brasileiros que precisam de um auxilio emergencial para viver. Precisam deste socorro, pois houve uma piora brutal nas condições da classe trabalhadora e dos mais pobres nos últimos anos, em razão do desemprego, da alta informalidade e piora nas condições de trabalho, resultado das reformas aplicadas pelos governos”, avalia o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
Bolsonaro e Paulo Guedes mentem ao dizer que não há dinheiro. Há recursos para não só manter os R$ 600, como para ampliar, afirma Atnágoras.
“O governo gasta com isenção de impostos para empresas, desvia 40% do Orçamento do país para pagar juros da ilegal Dívida Pública a banqueiros. Mesmo em meio à pandemia, 45 bilionários brasileiros lucraram o mesmo custo pago em auxilio emergencial. Neste país, não há imposto sobre fortunas, dividendos e lucros. Portanto, basta parar de desviar o dinheiro publico e taxar os ricos que tem dinheiro para garantir a sobrevivência de quem, de fato, precisa”, afirmou.
A partir de 2021 a previsão é o fim deste auxílio. Já a proposta de criação do programa Renda Brasil para substituir o Bolsa Família segue num impasse. Até agora, o governo só cogitou propostas para tirar dos pobres, como das aposentadorias, de outros benefícios. Mas, diante das repercussões negativas e falta de acordo, Bolsonaro disse nesta terça-feira (15), que não pretende mais criar o novo programa.
“É preciso luta e pressão sobre Bolsonaro e sobre o Congresso para garantir a conquista das reivindicações da nossa classe. Precisamos ir à luta não só para que neste momento não seja reduzido o valor do auxílio que já vinha sendo pago, mas principalmente para atacar a raiz do problema social atual que é o desemprego e a política ultraliberal de Bolsonaro que governa a serviço dos banqueiros e multinacionais. Precisamos derrotar Bolsonaro, Mourão, Paulo Guedes e por para fora toda a corja deste governo”, concluiu o dirigente.
Via: CSP-Conlutas.