A população brasileira tem demonstrado, a cada nova pesquisa, que não aguenta mais Jair Bolsonaro como presidente da República. A rejeição ao governo bateu novo recorde e atingiu 64%, segundo estudo divulgado pelo PoderData na quinta-feira (19).
A mesma publicação ainda revela que 58% dos brasileiros apoiam o impeachment do ex-capitão do exército. De julho para cá, o número aumentou cerca de 8%, mostrando que a popularidade de Bolsonaro está derretendo cada vez mais rápido.
Na entrevista realizada entre 16 e 18 de agosto com pessoas dos 27 estados brasileiros, 56% também classificaram a atuação do presidente como ruim ou péssima, 13% definiram a atual administração como regular, 28% como boa.
Curiosamente, no mesmo dia da divulgação dos dados negativos, Bolsonaro voltou a insinuar que talvez não concorra às eleições de 2022. Em evento com apoiadores no Mato Grosso (MT), ele afirmou ‘não fazer questão’ de ser candidato em 2022.
Bolsonaro disse ainda que “há muita gente melhor do que ele” para ocupar o cargo. Embora a maioria da classe trabalhadora concorde com esta avaliação, a realidade é que não se pode esperar até o ano que vem para expulsar o chefe do executivo do Planalto.
Motivos de sobra
Para o brasileiro, motivos não faltam para por logo um fim neste governo. A alta no custo de vida é sentida, mês a mês, e itens básicos tiveram grandes aumentos no período de 12 meses: arroz (40%), feijão (42,4%), leite (34%) e açúcar (52,3%) são exemplos.
As tarifas de luz, gás e os combustíveis também tiveram crescimento exponencial. Na contramão, está a renda do brasileiro que registra queda de 10% somente nos primeiros meses de 2021.
Todo esse cenário é agravado pelo desemprego recorde (14,7%) e pela pandemia de covid-19 que segue matando mais de 800 pessoas todos os dias. A demora na compra de vacinas e as flexibilizações antes da hora são as principais causas desta triste situação.
Mais ataques
Como se isso não bastasse, o governo segue com sua agenda de ataques ao trabalhador. Tudo feito com grande ajuda do Congresso Nacional. A privatização dos Correios, a Reforma Administrativa (PEC 32) e a MP 1.045 aprofundam a precarização da vida e a retirada de direitos.
Todos estes temas estarão nas pautas da Câmara dos Deputados e do Senado nos próximos meses. À toque de caixa, o desejo dos parlamentares é aprovar as pautas prejudiciais à população, antes que se inicie o ano eleitoral de 2022.
Fora Bolsonaro
A campanha Fora Bolsonaro, que levou centenas de milhares de brasileiros às ruas nos meses de junho e julho, organizará um novo dia de luta em 7 de setembro. A CSP-Conlutas já está na construção deste novo dia de mobilizações para por fim de vez ao governo Bolsonaro.
A amplitude das manifestações dos servidores públicos, realizadas na quarta-feira (18), sinaliza para um novo grande dia nacional de luta. Neste momento, é necessário transformar a indignação do brasileiro em disposição para protestar.
Via: CSP-Conlutas.